Vacinas. O que eu devo fazer?

Não aposte a sua vida para corroborar teorias de terceiros

Nos últimos dois anos todo o nosso modo de vida mudou de forma radical, e foi um processo rápido e doloroso. Suponho que quase todo mundo teve algum parente ou amigo que faleceu diante dessa nova doença que apareceu no mundo.

Um fato a ser comemorado é que tivemos sorte da ciência estar no patamar que se encontra hoje, pois no passado, uma parte significativa do mundo foi dizimada por organismos microscópicos semelhantes, que tinham a vantagem de que a população mundial não sabia com o que estava lhe dando (não existia o microscópio) e muitas das vezes davam até significado religioso às duras consequências que advinham com esse agente.

Diante do desafio, o mundo entrou em uma corrente por uma cura para um mal tão novo e complicado. A iniciativa privada entrou com poder, como foi o caso da Fundação Bill & Melinda Gates, que investiu milhões de dólares em pesquisas na área. O poder público também se movimentou: somente nos Estados Unidos foram alocados mais 6 bilhões de dólares para pesquisas sobre a covid-19. Todo esse esforço resultou no desenvolvimento de algumas vacinas para conter a infecção.

O tempo de testes foi reduzido, por motivo da urgência em imunizar a população. Foi colocada na balança a projeção de mortes em relação aos possíveis efeitos colaterais que por ventura viessem a surgir.

Ai vem a dúvida: tomo ou não tomo a vacina.

Independente de sua vocação política, de suas ideias de vida ou de seu posicionamento social a resposta a essa pergunta é única: deve tomar sim! Vou explicar o porquê dessa imposição mais à frente.

Durante minha vida adulta eu sempre fui voluntário para vacinas experimentais e novos medicamentos. Por sorte ou por intermédio da ciência, nunca tive problemas de saúde ou mutações no meu corpo por conta disso: não cresceu mais um dedo ou se formou outra orelha algumas semanas depois de uma picada.

Reações alérgicas e efeitos colaterais são típicos dos seres humanos, todos nos apresentamos algum tipo de reação única a alguma coisa. Quem viu a série Vikings lembra bem da história do Rei Aethelwulf, um poderoso guerreiro que sobreviveu a batalhas sangrentas contra os nórdicos, voltou de um exílio e se tornou o rei de Wessex, mas que no fim foi vencido por uma picada de abelha (vindo a morrer de choque anafilático). Não estamos livres de reações desse tipo, que podem vir desde alimentos a tecidos diferentes que utilizamos em nossas roupas, com a diferença de que hoje em dia temos formas de tratar esse tipo de manifestação.

No fim você tem que colocar na balança: ou não toma as vacinas e está livre de reações alérgicas, dores momentâneas e se sentirá pertencente ao grupo das pessoas que pensam assim ou toma a vacina e além de se imunizar ainda poderá viajar, utilizar locais públicos restritos, ir a shows e festas que exigem a carteirinha de vacinação. Por um raciocínio simples, o lado da imunização é bem mais divertido e seguro.

Não é uma forma do governo segregar a população ou impor um passaporte de obediência: é uma exigência de saúde real que foi tomada para uma situação crítica: não estamos mais na idade média onde a “imunidade de rebanho” era alcançada a custo de vidas humanas, hoje ela pode ser alcançada artificialmente, por intermédio de nossa ciência avançada e milagrosa.

De qualquer forma, tenha em mente que nenhuma vacina e 100% eficaz pelo próprio modo como ela funciona: ela não age contra o organismo causador da doença (algo impossível de fazer, pois os vírus vivem se modificando), mas apenas desencadeia uma  resposta imunológica para combater organismos causadores de doenças, ou seja, ela simulam a doença para que seu próprio corpo produza o remédio (anticorpos ou proteínas produzidas pelos linfócitos B após a identificação de algo estranho em seu sangue) que irá combater o agente patológico. E é por isso que em algumas pessoas há uma reação na hora da aplicação: seu corpo entra em alerta de imediato.

Mesmo não sendo totalmente eficaz, pelo menos tomando a vacina seu corpo irá produzir anticorpos, que no mínimo irão lhe permitir reagir melhor a doença e ter menos chances de ser internado ou coisa pior.

Máscaras

Todos nós sabemos que o vírus é infinitamente menor que as fibras das máscaras… É como jogar uma bola de tênis em uma trave de futebol. Mas os vírus não ficam muito tempo no ar quando estão sozinhos. É possível mas difícil você se infectar puramente pelo ar… Mas quando a pessoa tosse esse líquido (que é retido pela máscara), tem muito mais chances de te infectar com o vírus. Se for uma máscara de qualidade, estilo KN95 ou com tratamentos antibactericidas, a saliva, tosse, etc vão ficar presas na parede externa do protetor, não alcançando suas narinas ou boca.

Conclusão

Independente do que você acredita ou em quem você votou, não aposte a sua vida para corroborar teorias de terceiros (vacina não funciona, máscara é imposição do governo, tratamento precoce não funciona, tomar ivermectina e azitromicina é jogar dinheiro fora, etc), guie-se por fatos: se seu médico indicar tome todos os medicamentos que estiverem ao seu alcance (não deixe de tomar X porque um influenciador digital não quer que você use), se alimente bem, use máscara de boa qualidade em locais com aglomerações (vale a pena pagar mais caro por algo que funcione, pois pedaços de pano só vão te incomodar e te dar uma falsa sensação de segurança), higienize as mãos (é um habito que deve ser levado para o resto da vida), e se previna e tomando as vacinas.

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