Balas Soft, o Depoimento de um Sobrevivente

Eram coloridas, deliciosas e mortais

Balas Soft

Sim… Eu sou um sobrevivente. Passei por uma experiência de quase morte nos anos 80 quando, ainda criança, me engasguei com as deliciosamente mortais balas Soft… Não lembro os detalhes de como foi, mas tenho uma lembrança presente do nosso desespero, meu e da minha mãe tentando tirar a maldita da minha garganta.

Não foi só eu, um grande número de crianças realmente se engasgou com a bala, algumas de forma fatal, tantas que ela passou a ser chamada de “bala da morte”. O problema das balas era que elas eram muito lisas, e conforme iam derretendo, ficavam ainda mais lisas e pegajosas. Não era raro que grudassem no céu da boca, e a coisa ficava feia quando escorregavam pela garganta e entalavam.

Lembro que minha mãe conseguiu tirar a bala da minha garganta me colocando de cabeça para baixo entre suas pernas e me dando um tapão nas costas… Nesse momento a famigerada voou.

Hoje em dia as coisas estão mais leves: da mesma forma que o Merthiolate não arde mais, as balas Soft vêm com um furinho no meio, para evitar esse sofrimento (antes tentaram até fazê-las quadradas, o que não deu muito certo).

Em resumo, eu engoli uma maldita dessas e quase morri, mas como eram outras épocas, eu não me rendi e continuei comendo-as, só que dali em diante eu as quebrava com dentes antes.

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