Novo mês, nova leva de filmes! Fevereiro foi um ótimo mês, com direito a mais descobertas, revisitas e algumas surpresas pelo caminho. Entre clássicos que merecem (ou não) ser lembrados, lançamentos aguardados e aquela mistura de gêneros que mantém tudo interessante, minha maratona cinematográfica seguiu firme e forte.
Dessa vez, o cardápio incluiu sci-fi, drama, comédias ácidas e até uns títulos que desafiaram minha paciência. Mas como sempre, cada filme trouxe algo para pensar – seja pelo impacto visual, pela narrativa envolvente ou simplesmente pela audácia de existir. Então, ajeita o sofá, porque vou contar tudo sobre o que passou na minha tela em fevereiro!
A.I: Inteligência Artificial (2001)
Sinopse:
Na metade do século XXI, o efeito estufa derreteu uma grande parte das colatas polares da Terra, fazendo com que boa parte das cidades litorâneas do planeta fiquem parcialmente submersas. Para controlar este desastre ambiental a humanidade conta com o auxílio de uma nova forma de computador independente, com inteligência artificial, conhecido como A.I. É neste contexto que vive o garoto David Swinton (Haley Joel Osment), que irá passar por uma jornada emocional inesquecível.
Atores principais:
Erik Bauersfeld, Haley Joel Osment, Jude Law.
Minha opinião:
Nota 9 de 10
A Disney tentou várias vezes trazer Pinóquio para os dias atuais, mas falhou miseravelmente em todas elas. Steven Spielberg sem querer conseguiu! Visualmente impecável, com efeitos impressionantes e uma narrativa emocionante, o filme retrata de forma marcante a dualidade humana – a capacidade de amar e, ao mesmo tempo, abandonar.
Marte Ataca! (1996)
Sinopse:
Os marcianos invadem nosso planeta, matando e destruindo tudo no caminho, pois acham bem divertido e querem transformar a Terra em um “parque de diversões”. Se ninguém achar uma maneira de detê-los, a raça humana está condenada ao extermínio.
Atores principais:
Jack Nicholson, Glenn Close, Pierce Brosnan.
Minha opinião:
Nota 8 de 10
Uma visão excêntrica de Tim Burton sobre os clássicos filmes de invasão alienígena dos anos 1950. No lançamento, Marte Ataca! foi recebido com desconfiança, mas com o tempo conquistou seu lugar como um clássico cult – e um dos trabalhos mais memoráveis da carreira de Burton.
O que torna o filme especial? Além do humor ácido e do visual estilizado, Burton foi ousado ao reunir um elenco estelar apenas para eliminá-los sem piedade ao longo da trama. E, claro, Jack Nicholson entrega uma atuação impecável, como sempre.
O Matador (1989)
Sinopse:
Um assassino (Chow Yun-Fat) aceita um último trabalho para juntar a quantia que falta para o pagamento da cirurgia oftalmológica de sua namorada Jennie (Sally Yeh), que ele cegou acidentalmente em uma missão. Traído por seu contatante, ele acaba tendo de juntar forças com o inspetor (Danny Lee) designado para prendê-lo. Nasce aí uma sangrenta parceria.
Atores principais:
Chow Yun-Fat, Danny Lee, Sally Yeh.
Minha opinião:
Nota 9 de 10
Mais um clássico de John Woo: tiros por todos os lados, armas com munição infinita (recarregadas apenas para deixar as cenas mais estilosas), explosões, motos, câmera lenta, pombos voando para todos os lados e aqueles empasses mexicanos que fazem Tarantino parecer um mero estudante de cinema. Puro exagero, pura arte! ADORO!!!
Nosferatu (2025)
Sinopse:
Uma nova adaptação do clássico do terror, Nosferatu é um conto gótico sobre a obsessão de um terrível vampiro por uma mulher assombrada. A história se passa nos anos de 1800 na Alemanha e acompanha o rico e misterioso Conde Orlok (Bill Skarsgård) na busca por um novo lar. O vendedor de imóveis Thomas Hutter (Nicholas Hoult) fica responsável por conduzir os negócios de Orlok e, então, viaja para as montanhas da Transilvânia para prosseguir com as burocracias da nova propriedade do nobre. O que Thomas não esperava era encontrar o mal encarnado. Todos ao seu redor lhe indicam abandonar suas viagens, enquanto, longe dali, Ellen (Lily-Rose Depp) é continuamente perturbada por sonhos assustadores que se conectam com o suposto homem que Thomas encontrará e que vive sozinho num castelo em ruínas nos Cárpatos. A estranha relação entre Ellen e a criatura a fará sucumbir a algo sombrio e tenebroso?
Atores principais:
Lily-Rose Depp, Nicholas Hoult, Bill Skarsgård.
Minha opinião:
Nota 6 de 10
Mais do mesmo. Um filme genérico que tenta misturar duas histórias clássicas – Dracula e Nosferatu, mas falha em criar algo realmente convincente. No fim, só sobraram o vampiro taradão e o personagem corno – e nem isso salva o filme.
Calígula (1979) e (2024)
Sinopse:
As atrocidades e orgias do megalomaníaco imperador romano Calígula (Malcolm McvDowell) como material de enredo para um retrato exuberante e especulativo de sexo, violência e sadismo. Calígula tomou o poder na Roma antiga ao assassinar seu predecessor Tibério (Peter O’Toole). Calígula demonstra os padrões morais de seu futuro reinado assim que ascende ao trono: sua irmã Julia Drusilla (Teresa Ann Savoy) torna-se sua amante. Mas isso não é tudo. Sob Calígula, a decadência floresceu com intensidade inesperada. Além disso, o imperador está sujeito a atos de violência descontrolados, que exerce de forma arbitrária. Seu ambiente imediato e seus súditos sofrem sob o controle cada vez mais descontrolado de Calígula.
Atores principais:
Malcolm McDowell, Helen Mirren e Peter O’Toole
Minha opinião:
Nota 9 de 10
Fica difícil escolher entre as duas versões. Por incrível que pareça, gostei mais da primeira – e não pelas cenas de sexo explícito, mas porque essa versão consegue transmitir um Calígula ainda mais insano. Há momentos em que a aflição é real, e você se pega imaginando como seria viver no senado daquela Roma imprevisível, onde até um simples espirro poderia selar seu destino nas mãos de um imperador enlouquecido.
O Egípcio (1954)
Sinopse:
No Egito antigo, Sinhue, um órfão pobre, se torna um médico brilhante e é indicado para servir o novo faraó. Conforme Sinhue descobre as intrigas e segredos da corte da turbulenta 18a. dinastia, ele tem as respostas que procurava há muitos anos.
Atores principais:
Edmund Purdom, Victor Mature e Jean Simmons.
Minha opinião:
Nota 8 de 10
Que clássico! Passei anos procurando esse filme – e no fim, ele estava guardado comigo o tempo todo, só não sabia que era ele. Minha lembrança vinha do impactante final, que assisti ainda criança em uma televisão em preto e branco.
A produção é grandiosa, mas não chega a um 9 ou 10, porque força um pouco os eventos para que tudo desemboque no ato final. Ah, e claro, tem seus deslizes históricos: por exemplo, como explicar Sinhue usando uma pá de ferro em um funeral, apenas para muito depois “descobrir” que o exército inimigo tinha acabado de inventar o metal?
Traição (1999)
Sinopse:
Três episódios baseados em crônicas de Nelson Rodrigues que têm o adultério como tema central, recriados para retratar as relações amorosas no Rio de Janeiro nas décadas de 50, 70 e 90. Longa-metragem da Conspiração Filmes, com os segmentos “O Primeiro Pecado”, “Diabólica” e “Cachorro!”:
- O Primeiro Pecado acontece nos anos 50. Um rapaz tímido conhece uma mulher casada e tem o primeiro caso amoroso de sua vida.
- Diabólica mostra o Rio dos anos 70 como cenário para um triângulo amoroso. Dagmar e Geraldo estão de casamento marcado, mas a doce Alice, irmã da noiva, decide seduzir o futuro cunhado.
- Cachorro apresenta outro triângulo, mas desta vez nos anos 90 e a partir de um clássico flagrante: o marido pega a mulher com seu melhor amigo em um motel de quinta categoria.
Atores principais:
Alexandre Borges, Pedro Cardoso e Fernanda Torres.
Minha opinião:
Nota 6 de 10
Alguns segmentos são bem construídos e interessantes, mas no fim das contas, o filme não consegue captar a essência de Nelson Rodrigues. Falta aquela visceralidade, o exagero trágico e a ironia mordaz que tornam suas obras tão únicas.
Eu Te Amo (1981)
Sinopse:
Industrial falido no milagre dos anos 70 conhece uma mulher e a convida para sua casa. Os dois iniciam um romance desesperador, ao mesmo tempo em que tem um medo brutal deste relacionamento, tentam livrar a si próprios da solidão.
Atores principais:
Paulo César Perenho, Sônia Braga e Vera Fisher
Minha opinião:
Nota 7 de 10
Clássico! Vale muito a pena assistir. Sonia Braga deixa todo mundo de queixo caído, e o saudoso Paulo César Peréio rouba a cena – o cara simplesmente entrega tudo!
On The Rocks (2020)
Sinopse:
Afastada de seu pai playboy (Bill Murray) há anos, Laura (Rashida Jones) uma jovem mãe, resolve se reaproximar dele. O reencontro entre os dois se torna tão intenso, que ambos embarcam em uma aventura pela cidade de Nova York.
Atores principais:
Bill Murray, Rashida Jones, Marlon Wayans.
Minha opinião:
Nota 6 de 10
Um filme sobre nada que não chega a lugar nenhum. Tem charme, tem luxo, mas no fundo é vazio e raso. Parece até que Sofia Coppola estava com sono enquanto dirigia.
Conclusão
Fevereiro manteve o ritmo com uma seleção de filmes que variou entre o brilhante e o questionável. Teve emoção, teve frustração, teve aquelas produções que surpreenderam e outras que serviram apenas para preencher o tempo. Mas no fim das contas, cada sessão valeu a experiência.
E a jornada segue firme e forte. Então, me conta: já assistiu algum desses? Tem alguma recomendação para a próxima leva? Nos vemos mês que vem!
Quer ver o que assisti mês passado?
De Clássicos a Surpresas: Minha Maratona Cinematográfica de Janeiro (Parte 1)
Referências
-
The 50 Best Movies of 2023 – IndieWire
🔗 https://www.indiewire.com/features/general/best-movies-2023 -
The Best and Worst Movies of the Month – January 2024 – Collider
🔗 https://collider.com/best-worst-movies-january-2024 -
Hidden Gems: Must-Watch Underrated Movies – Screen Rant
🔗 https://screenrant.com/underrated-movies-hidden-gems