Se janeiro já começou com tudo na minha maratona cinematográfica, a segunda parte dessa lista não poderia ser diferente. Entre filmes que há tempos estavam na minha lista de espera, algumas surpresas e até aquelas escolhas duvidosas que fazem a gente se perguntar “por que eu assisti isso?”, esse mês foi um verdadeiro turbilhão de emoções na frente da tela.
Dessa vez, a seleção continua variada, indo do cult ao blockbuster, do suspense psicológico ao trash exagerado, com direito a nostalgia, boas surpresas e algumas decepções. Então, se você gosta de boas recomendações (e também de saber quais filmes evitar), vem comigo para mais uma rodada de opiniões sinceras sobre o que rolou no meu mês cinematográfico!
A Outra (The Other Boleyn Girl) (2008)
Sinopse:
Anne (Natalie Portman) e Mary (Scarlett Johansson) são irmãs que foram convencidas por seu pai e tio ambiciosos a aumentar o status da família tentando conquistar o coração de Henry Tudor (Eric Bana), o rei da Inglaterra. Elas são levadas à corte e logo Maria conquista o rei, dando-lhe um filho ilegítimo. Porém isto não faz com que Ana desista de seu intento, buscando de todas as formas passar para trás tanto sua irmã quanto a rainha Catarina de Aragão (Ana Torrent).
Atores principais:
Natalie Portman, Scarlett Johansson, Eric Bana
Minha opinião:
Nota 9 de 10
Filmaço! Que elenco, que figurino, que história! Uma produção digna de aplausos. Resolvi assistir porque adorei a série The Tudors e sabia que o filme abordava um dos períodos retratados no show. Mesmo com algumas diferenças na narrativa, a adaptação foi muito bem feita e envolvente. O duelo de atuações entre Natalie Portman e Scarlett Johansson é um espetáculo à parte—difícil dizer quem brilha mais. Um drama histórico cativante, repleto de intrigas, ambição e performances marcantes.
Gladiador II (2024)
Sinopse:
Anos após testemunhar a morte do herói Maximus (Russell Crowe) pelas mãos de seu tio (Joaquin Phoenix), Lucius (Paul Mescal) enfrenta um novo desafio: forçado a entrar no Coliseu, ele deve lutar pela sobrevivência e pela honra de Roma. Depois de ter sua casa tomada pelos imperadores tirânicos que governam Roma com punho de ferro, Lucius precisa reencontrar a força e a coragem que o inspiraram na juventude. Admirador da jornada de Maximus, Lucius busca seguir seus passos para restaurar a glória perdida de Roma. Gladiador 2, é uma sequência direta do aclamado filme dirigido por Ridley Scott. Agora, Lucius luta não apenas pela sua vida, mas pelo futuro do império. Com o coração cheio de raiva e o destino de Roma em jogo, ele revisita seu passado em busca da força necessária para devolver ao povo a honra que um dia foi perdida.
Atores principais:
Paul Mescal, Pedro Pascal, Connie Nielsen
Minha opinião:
Nota 7 de 10
Não espere um novo Gladiador—porque ele não está aqui. O filme é bom? Sim. Mas apenas isso, mediano para bom. O roteiro mais parece um remake milionário (e mal feito) de Spartacus do que uma continuação legítima do épico de Ridley Scott. Falta emoção. Você não torce, não sente raiva, medo ou empolgação. Até a morte da esposa do protagonista (sem spoilers, acontece logo no início) falha em criar qualquer conexão emocional.
O ponto alto? Denzel Washington, como sempre impecável. O ponto baixo? Quase todo o resto. O roteiro tem furos gritantes, falta lógica, desperdiça Pedro Pascal e ainda joga no pacote dois imperadores gêmeos descartáveis. No fim, Gladiador II vale pelo visual e pelas cenas de ação, garantindo um 7/10. Mas sinceramente? Melhor esperar o streaming, pegar uma pipoca, abrir uma Coca Zero e assistir sem grandes expectativas—de preferência, com o cérebro desligado.
Lobos(2024)
Sinopse:
As superestrelas globais George Clooney e Brad Pitt se unem para uma eletrizante comédia de ação em Lobos, dirigida e roteirizada por Jon Watts. Clooney interpreta um solucionador profissional contratado para encobrir um crime de alto perfil. No entanto, seus planos sofrem uma reviravolta inesperada quando um segundo solucionador, interpretado por Pitt, aparece na cena. Os dois lobos solitários, inicialmente em desacordo, são forçados a trabalhar juntos para resolver a situação. À medida que a noite avança, eles descobrem que a missão está fugindo do controle de maneiras que nenhum deles poderia prever. Envoltos em uma série de eventos caóticos e hilários, a dupla precisa usar toda a sua astúcia e habilidades para sair dessa enrascada. Com uma combinação irresistível de ação e comédia, Lobos promete manter o público à beira do assento, enquanto Clooney e Pitt trazem sua química lendária para a tela, transformando uma noite desastrosa em uma aventura memorável e divertida.
Atores principais:
Brad Pitt, George Clooney, Amy Ryan
Minha opinião:
Nota 8 de 10
Carisma de sobra e diversão garantida! Lobos (2024) aposta forte na química impecável entre George Clooney e Brad Pitt, com um humor afiado que brinca com a idade avançada dos protagonistas. A trama é simples, mas funciona bem, graças ao talento de Austin Abrams, que segura a tela mesmo dividindo cena com dois dos maiores astros dos anos 90 e 2000.
O resultado? Um filme dinâmico, divertido e cheio de estilo, que entrega exatamente o que promete. Vale a pena conferir!
O Que Tiver Que Ser (Släpp Taget) (2024)
Sinopse:
Em O Que Tiver Que Ser, uma mulher tenta recuperar sua família prestes a desabar em ruínas. Nesse drama familiar, acompanhamos Stella (Josephine Bornebusch), uma mulher que gosta de ter tudo sob seu controle em sua última tentativa de manter sua família unida. Tudo dentro de casa parece estar em desarmonia: a distância emocional entre Stella e seu marido Gustav; a necessidade constante de atenção de seu filho mais novo e o jeito frio e malcriado de sua filha adolescente. Quando Gustav lhe dá uma notícia inesperada, Stella obriga todos a acompanhá-la na viagem de carro para o torneio de pole dance de sua filha adolescente. Fingir que está tudo bem parece ser a melhor opção, mas, durante as longas dez horas de caminho, segredos são revelados, ressentimentos entram em choque e sentimentos são colocados à prova. O Que Tiver Que Ser retrata uma jornada íntima e sensível em busca do que realmente importa.
Atores principais:
Josephine Bornebusch, Pål Sverre Valheim Hagen, Sigrid Johnson
Minha opinião:
Nota 8 de 10
O Que Tiver Que Ser (2024) nos apresenta uma família disfuncional: um terapeuta cheio de problemas, uma mulher sobrecarregada, uma filha rebelde e muito mal educada e um filho que precisa de cuidados especiais e constantes. A dinâmica entre eles resulta em um drama tocante, conduzido por atuações intensas e reflexões profundas sobre laços familiares, sacrifícios e desencontros.
Se você costuma se emocionar com histórias do gênero, prepare os lenços – este filme é para você!
Devorar (Slallow) (2019)
Sinopse:
Em Devorar, Hunter (Haley Bennett) é uma dona de casa que engravidou recentemente e se vê cada vez mais viciada em se alimentar de objetos perigosos. Enquanto o marido e a família reforçam o controle sobre sua vida, Hunter deve enfrentar o segredo sombrio por trás de sua nova obsessão.
Atores principais:
Haley Bennett, Austin Stowell, Denis O’Hare.
Minha opinião:
Nota 6 de 10
Um suspense psicológico intrigante, mas irregular
Às vezes, gosto de assistir a um filme sem indicações, sem ler a sinopse, apenas seguindo minha intuição ao explorar sites de cinema de arte. Swallow foi a escolha da vez. Apesar de ter me decepcionado um pouco, não foi o suficiente para abandonar a sessão.
Misturando drama, terror e suspense, o filme acompanha uma mulher que, ao descobrir estar grávida, desenvolve uma compulsão perturbadora: ingerir objetos – de terra a pilhas. Mas, no fundo, Swallow é mais sobre vidas sem propósito, sobre pessoas que abrem mão de si mesmas para se encaixar nas expectativas da família e acabam presas em uma existência vazia. O longa se perde um pouco no terceiro ato, abandonando a sutileza em prol de uma conclusão mais óbvia, mas nada que comprometa a experiência como um todo. Vale a pena assistir, mas mais por curiosidade do que por impacto.
Para Sempre Lilya (Lilya 4-Ever)(2002)
Sinopse:
Lilya (Oksana Akinshina) tem 16 anos e vive em um subúrbio pobre, em algum lugar da antiga União Soviética. Sua mãe mudou-se para os Estados Unidos, com seu novo marido, e Lilya espera que ela lhe envie algum dinheiro. Após algum tempo sem receber notícias nem qualquer quantia dela, Lilya é obrigada a se mudar para um pequeno apartamento, que não possui luz nem aquecimento. Desesperada, ela recebe o apoio de Volodya (Artyom Bogucharsky), um garoto de apenas 11 anos que de vez em quando dorme no sofá de Lilya. A situação muda quando Lilya se apaixona por Andrei (Pavel Ponomaryov), que a convida para iniciar uma nova vida na Suécia. Apesar da desconfiança de Volodya, Lilya aceita o convite e viaja com Andrei.
Atores principais:
Oksana Akinshina, Artyom Bogucharsky, Lyubov Agapova
Minha opinião:
Nota 7 de 10
Um drama impactante e necessário
Para Sempre Lilya é um filme forte, difícil de assistir, mas essencial. Com um enredo envolvente e narrativa ágil, a produção dano-sueca permanece desconhecida do grande público, apesar de seu alto valor artístico e social.
O longa expõe, sem suavizar, uma realidade brutal que muitos preferem ignorar: um mundo cruel, habitado por pessoas desprezíveis, onde a inocência é explorada sem piedade. A experiência é densa e perturbadora, exigindo estômago para acompanhar a jornada da protagonista. Não é um filme para todos, mas para quem suporta dramas pesados, é um retrato poderoso e necessário.
O Rei Leão (1994)
Sinopse:
Clássico da Disney, a animação acompanha Mufasa (voz de James Earl Jones), o Rei Leão, e a rainha Sarabi (voz de Madge Sinclair), apresentando ao reino o herdeiro do trono, Simba (voz de Matthew Broderick). O recém-nascido recebe a bênção do sábio babuíno Rafiki (voz de Robert Guillaume), mas ao crescer é envolvido nas artimanhas de seu tio Scar (voz de Jeremy Irons), o invejoso e maquiavélico irmão de Mufasa, que planeja livrar-se do sobrinho e herdar o trono.
Atores principais:
Garcia Júnior, Matthew Broderick, Jonathan Taylor
Minha opinião:
Nota 10 de 10
Um clássico atemporal – Hakuna Matata!
Finalmente, um filme nota 10! O Rei Leão é da época em que a Disney prestava, entregava animações inteligentes e inesquecíveis, sem intenção de chocar as pessoas que tem ideologia diferente da dos diretores criativos, eram filmes para todos. Eu tinha essa fita VHS e, de tanto assistir, ela simplesmente quebrou!
A trilha sonora em português é um espetáculo à parte, com músicas que marcaram gerações e continuam emocionando até hoje. Uma animação impecável, com personagens cativantes, uma história poderosa e um impacto que nunca se perde. Simplesmente obrigatório para qualquer amante do cinema!
Papai (Daddio) (2023)
Sinopse:
Uma mulher que está pegando um táxi para seu apartamento em Manhattan, iniciar uma profunda conversa com o taxista sobre os relacionamentos importantes em suas vidas. Aos poucos a ordinária viagem se transforma em um momento de reflexão e possível mudança para ambos.
Atores principais:
Sean Penn, Dakota Johnson, Shannon Gannon
Minha opinião:
Nota 9 de 10
Um filme simples, intenso e surpreendente
Nunca imaginei que um filme de duas horas, ambientado inteiramente dentro de um táxi e com apenas dois atores, pudesse me prender tanto. Mas Papai (Daddio) faz exatamente isso – de forma tão envolvente que, quando percebi, já havia terminado.
É o tipo de filme que gosto: diálogos inteligentes e bem construídos, no estilo da trilogia Antes do Amanhecer ou dos filmes de Tarantino (se tirarmos a ação e os banhos de sangue). Mas até os momentos de silêncio carregam uma profundidade incrível.
Altamente recomendado! Só um aviso: este definitivamente não é um filme para assistir com crianças. Há cenas e diálogos explícitos, tanto que uma companhia aérea quase foi processada por exibi-lo durante um voo, deixando as crianças que estavam a bordo traumatizadas.
Baby Girl (2025)
Sinopse:
Em Babygirl, uma empresária bem-sucedida coloca sua família e carreira em risco em nome de um caso com seu estagiário bem mais jovem. No thriller erótico de Halina Reijn, Romy (Nicole Kidman) é uma executiva que conquistou seu posto como CEO com muita dedicação. O mesmo se aplica a sua família e o casamento com Jacob (Antonio Banderas). Tudo o que construiu é posto à prova quando ela embarca em um caso tórrido e proibido com seu estagiário Samuel (Harris Dickinson), que é muito mais jovem. A partir daí ela anda corda bamba de suas responsabilidades e, também, nas dinâmicas de poder que envolvem suas relações.
Atores principais:
Nicole Kidman, Harris Dickinson, Antonio Banderas
Minha opinião:
Nota 7 de 10
Nicole Kidman merece mais!
A maravilha de mulher que se chama Nicole Kidman não merecia um filme como Babygirl. A trama promete ousadia, mas no fim das contas se acovarda, entregando cenas que, em vez de impactantes, chegam a beirar o ridículo e trazem vergonha alheia a quem está assistindo.
Para quem assistiu 9 1/2 Semanas de Amor, as semelhanças são gritantes – mas sem o mesmo impacto. Pelo menos o clássico dos anos 80 teve coragem para sua época, enquanto Babygirl tenta provocar, mas recua no meio do caminho.
Se não levou minha nota 5, foi única e exclusivamente pela trilha sonora impecável, especialmente quando toca Never Tear Us Apart.
Um Homem Diferente (2024)
Sinopse:
A Different Man, dirigido e roteirizado por Aaron Schimberg, terá a história focada no aspirante a ator Edward (Sebastian Stan), no qual é submetido a passar por um procedimento médico radical para transformar de forma completa e drástica a sua aparência. Por conta disso, Edward vê o seu sonho virando um pesadelo após perder o papel que ele nasceu para fazer.
Atores principais:
Sebastian Stan, Renate Reinsve, Adam Pearson
Minha opinião:
Nota 8 de 10
Um Homem Diferente é um filme que explora de forma profunda como a mudança externa não resolve inseguranças internas, egocentrismo e a busca por aceitação. O protagonista, que sofre de uma doença que deforma seu rosto, passa por um tratamento revolucionário que altera sua aparência. No entanto, ao conhecer Oswald (Adam Pearson) – um homem com a mesma condição, mas que encara a vida de maneira completamente diferente – ele se vê forçado a questionar suas próprias inseguranças e valores.
Com humor negro e uma abordagem satírica, o filme desconstrói padrões de beleza e a obsessão pela aparência, priorizando o estudo psicológico dos personagens em vez de seguir uma trama convencional.
É uma obra que todo homem deveria assistir – e refletir.
Collateral (2004)
Sinopse:
Max (Jamie Foxx) trabalha como motorista de táxi há 12 anos, já tendo levado os mais diversos passageiros a todos os locais de Los Angeles. Porém, em uma noite aparentemente tranquila, ele encontra Vincent (Tom Cruise), um homem que pega o táxi como se fosse um passageiro qualquer. Porém Vincent é um assassino de aluguel, que está na cidade para completar o plano de um cartel do narcotráfico, que está prestes a ser condenado por um júri federal. Vincent precisa matar 5 testemunhas-chave do processo e conta com Max para fugir da polícia local e do FBI, logo após cometer os assassinatos. Obrigado a seguir as ordens de Vincent, Max precisa ainda lidar com a possibilidade de ser morto por seu passageiro a qualquer momento, já que Vincent pode usá-lo para proteção pessoal.
Atores Principais:
Tom Cruise, Jamie Foxx, Jada Pinkett Smith
Minha Opinião:
Nota 9 de 10
“Confesso: que em grande parte do filme torci para o vilão”
– Robert Gleydson
O filme é excelente e traz uma reflexão profunda sobre a vida e a imprevisibilidade do futuro. Os diálogos entre Tom Cruise e Jamie Foxx são envolventes, e o mais interessante é como a narrativa nos faz, em muitos momentos, simpatizar com o vilão – e não sem motivo. Com argumentos persuasivos, um jeito tranquilo de falar e, claro, o carisma irresistível de Tom Cruise, fica difícil não se envolver.
ChinaTown (1974)
Sinopse:
Los Angeles, 1937. O detetive particular J.J. Gittes (Jack Nicholson) recebe a visita de uma mulher que acredita que seu marido, engenheiro-chefe do Departamento de Águas e Energia, tem uma amante. Gittes logo descobre que a mulher era uma farsante e encontra a verdadeira Evelyn Mulwray (Faye Dunaway), filha de Noah Cross (John Huston), um dos homens mais poderosos da cidade. O engenheiro aparece morto e Gittes, envolvido com Evelyn, se vê no meio de um perigoso jogo de poder, com muitos segredos e mistérios.
Atores principais:
Jack Nicholson, Faye Dunaway, John Huston
Minha Opinião:
Nota 8 de 10
Estou ficando viciado em Roman Polanski! E nesse filme, além de dirigir, ele até atua! Chinatown é um filmaço, um clássico absoluto do diretor, claramente inspirado nos grandes filmes noir da década de 40. A trama é intensa, bem construída e envolvente, sendo considerada por muitos como um dos melhores roteiros já escritos.
O final, característico do estilo de Polanski, é impactante e pode soar pesado para quem não conhece sua filmografia. Mas para quem aprecia o gênero, é uma obra-prima indispensável! Se você gostou de filmes como O Diabo Veste Azul ou Los Angeles: Cidade Proibida, esse é obrigatório.
O Convite ao Prazer (1980)
Sinopse:
Casado com Ana, o dentista Luciano recebe belas garotas em seu consultório após o expediente. Ao reencontrar Marcelo, empresário que não ama mais a mulher, ele decide buscar com o amigo aventuras extraconjugais intensas. Os dois não imaginam, porém, que o ciúme das esposas pode ameaçar essa vida de prazeres.
Atores principais:
Roberto Maya, Serafim Gonzalez, Aldine Muller, Helena Ramos.
Minha Opinião:
Nota 7 de 10
Um brasileirão na lista! Não é todo dia que nos deparamos com o universo pessimista e existencialista de Khoury, mas O Convite ao Prazer é um ótimo representante da sua filmografia. O filme traz aquela safadeza característica das pornochanchadas da época, mas com um toque mais refinado, embalado por uma trilha sonora de puro jazz.
Mais do que erotismo, é um drama psicológico profundo, abordando relações íntimas, o peso do envelhecimento e a hierarquia econômica entre amigos. Muito bem dirigido, marcante e com uma atmosfera melancólica que se destaca no cinema nacional.
Boa Sorte, Leo Grande (2022)
Sinopse:
Em Boa Sorte, Leo Grande, Nancy Stokes é uma professora que acabou de se aposentar. Apesar de ter tido uma vida satisfatória, existe uma coisa que ela nunca teve: Nancy nunca fez um sexo digno de chamar de bom. Na verdade, Nancy nem sabe se o que ela fez foi de fato sexo. Mas isso são águas passadas, Nancy está obstinada em seu plano de ter, pelo menos uma vez, uma noite de sexo prazerosa. E tem tudo desenhado em sua cabeça: ela chamará um jovem trabalhador do sexo e reservará (anonimamente) um bom quarto em um hotel. Ela até sabe o nome do jovem: Leo Grande. Leo sabe o que faz e sabe que faz bem o seu trabalho. Apesar de parecer somente mais uma cliente e mais algumas horas de trabalho, Leo está certo que essa é a coisa que mais intrigou ele, e que Nancy é também uma pessoa diferente.
Atores principais:
Emma Thompson, Daryl McCormack, Isabella Laughland
Minha Opinião:
Nota 6 de 10
Boa Sorte, Leo Grande é um bom filme, trazendo uma reflexão sobre repressão, autoaceitação e a redescoberta do prazer. A trama nos apresenta a visão de uma mulher que passou a vida seguindo regras, sem nunca se permitir explorar seus próprios desejos, sempre moldada pelas expectativas da sociedade e pelo autojulgamento.
Minha nota não foi maior porque, apesar de seguir o estilo de filmes que adoro — os verborrágicos — o ritmo acabou sendo um pouco monótono. Ainda assim, vale a pena assistir pela atuação de Emma Thompson e pelos diálogos bem construídos.
O estilo de filmes que se concentra quase exclusivamente em diálogos é geralmente chamado de “filmes verborrágicos”, “drama conversacional” ou “cinema de diálogo”.
Eles costumam ter uma narrativa minimalista, onde a ação dá lugar a interações verbais densas e bem construídas, explorando temas como relacionamentos, filosofia, existencialismo e dilemas pessoais. Diretores como Richard Linklater (trilogia Antes do Amanhecer), Noah Baumbach (História de um Casamento), Eric Rohmer (O Raio Verde), e até Quentin Tarantino (em cenas como a abertura de Cães de Aluguel) são conhecidos por esse tipo de abordagem.
Outra forma de se referir a esse tipo de filme é “chamber drama” (drama de câmara), quando a história se passa em um único ambiente, como Daddio.
Conclusão
E assim encerro minha maratona de janeiro, um mês que provou mais uma vez que o cinema sempre tem algo a oferecer – seja uma história inesquecível, um visual marcante ou até aquela frustração de perder duas horas com um filme que não deveria ter saído do papel. Mas faz parte da experiência, né? No fim das contas, o importante é curtir a jornada e descobrir novas pérolas (ou aprender a fugir de certas armadilhas).
Agora quero saber de você: já assistiu algum desses filmes? Concorda com minhas notas ou discorda completamente? Até o próximo mês! 🎬🍿
Obs: se não leu minha primeira parte clique aqui:
De Clássicos a Surpresas: Minha Maratona Cinematográfica de Janeiro (Parte 1)
Referências
-
The 50 Best Movies of 2023 – IndieWire
🔗 https://www.indiewire.com/features/general/best-movies-2023 -
The Best and Worst Movies of the Month – January 2024 – Collider
🔗 https://collider.com/best-worst-movies-january-2024 -
Hidden Gems: Must-Watch Underrated Movies – Screen Rant
🔗 https://screenrant.com/underrated-movies-hidden-gems